O Serviço de Medicina Física e Reabilitação (MFR) do Hospital de Braga acompanhou, nesta fase de pandemia, vários doentes COVID-19 que necessitaram de intervenção nesta área.
As consequências da doença provocada pelo SARS-CoV-2 levaram a que o Serviço de Medicina Física e Reabilitação se reorganizasse para dar resposta aos doentes internados com COVID-19 que necessitassem do conhecimento técnico de diferentes profissionais que constituem a Equipa de Reabilitação, como sendo os fisiatras, enfermeiros de reabilitação , fisioterapeutas, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais.
A imobilidade prolongada, o descondicionamento físico, as complicações cardiorrespiratórias e a disfagia foram algumas das situações clínicas com maior necessidade de intervenção nesta área, implicando um redobrado trabalho interdisciplinar para que assim fossem minimizadas as sequelas músculo-esqueléticas, neurológicas e respiratórias destes doentes.
A intervenção centrou-se na reabilitação cardiorrespiratória, cinesioterapia respiratória, recondicionamento ao esforço, reeducação neuromotora (treino de marcha, equilíbrio, força muscular, coordenação, entre outros), visando a promoção da autonomia prévia.
Das mais de quatro dezenas de doentes COVID-19 acompanhados pela equipa, em que cada um teve necessidade de várias sessões, as idades compreendidas foram bastante díspares (entre 43 anos e 99 anos).
Os doentes que necessitaram de um acompanhamento mais prolongado continuaram, mesmo após alta, as suas sessões de reabilitação neste Serviço, quer em regime ambulatório, quer internados no Serviço de MFR.
A resposta célere através de uma intervenção interdisciplinar e multidisciplinar foi fundamental para a recuperação e melhoria dos doentes com COVID-19, representando uma mais-valia decisiva na prestação de cuidados aos utentes do Hospital de Braga.
Desde o início da pandemia, o Serviço de MFR do Hospital de Braga manteve sempre o tratamento de doentes internados neste Serviço e noutros Serviços do Hospital com outras patologias.
Assim sendo, desde março até meados de julho, registaram-se cerca de 1.200 doentes com tratamento de MFR e mais de 20.000 meios complementares de diagnóstico e terapêutica do grupo de MFR.